quinta-feira, 24 de setembro de 2009

32° semana da comunicação - Toda mídia ao mesmo tempo agora.

Durante os dias de 15 a 18 de setembro ocorreu a 32° da comunicação na FAAP com todas as manhãs e noites regadas de muitas palestras e a tarde, festivais e oficinas. O tema desse ano foi “Toda mídia ao mesmo tempo agora” e por isso, a maioria das palestras falavam das novas formas de comunicação que vem crescendo cada vez mais nos dias de hoje.

Pessoalmente, a palestra mais interessante e que mais me agradou, foi uma das do primeiro dia, “O novo paradigma da criação na publicidade” com o diretor de criação da agência Rapp Brasil Plinio Okamoto e o sócio diretor de criação/branding da SantaClaraNitro, Murilo Lico. Os dois ministraram com muita dinâmica, mostraram vários cases interessantes e trouxeram um dos assuntos mais englobados durante a semana, os novos jeitos de se fazer publicidade, usando a metáfora do Murilo Lico, ser a água e saber adaptar-se a qualquer embalagem, trazendo para nós novos caminhos que deram certo e que marcas famosas já usaram, onde o convencional não é mais o único jeito de se chegar ao esperado e onde interagir com o consumidor é um dos pontos cruciais.

Uma das ações mais legais mostradas foi essa da T Mobile que foi feita na Trafalgar Square, onde o intuito era fazer as pessoas dividirem suas emoções e sentimentos:


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Havaianas "moderninha".

No último dia 9, a agência AlmapBBDO colocou em veiculação um anuncio das novas Havaianas Fit, que se passa em um restaurante, onde a avó conversa com a neta sobre o produto e quando chega o ator Cauã Reymond a avó diz "tinha que arrumar um rapaz assim" e a neta argumenta que "deve ser muito chato casar com famoso", então a avó responde: "Mas quem falou em casamento? Eu estou falando em sexo".





A nova campanha deixou muita gente em choque pela conversa da neta com a avó, e com certeza também por haver a palavra sexo, e teve que ser tirada de veiculação, pois começaram a ter muitas reclamações com o anunciante, com a agência e até mesmo com o CONAR.

Sinceramente, pra mim a hipocrisia está ficando maior a cada dia que passa. A televisão aberta passa programas com coisas em horários que qualquer criança pode estar assistindo e nem por isso são tirados do ar. Tirar um anuncio com uma conversa inocente, e que na maior parte das famílias não é um dialogo fantasioso, de veiculação é uma tremenda de uma palhaçada. Diante disso, acho muito digno o que a agência fez, lançando um novo vídeo na televisão, explicando a situação em respeito aos que se sentiram ofendidos, e deixando o vídeo original no site das Havaianas pra quem quisesse assistir.


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

AIDS - assassina em massa.

A ONG alemã Deutsche Aids Hilfe (DAH) (Ajuda contra a AIDS), pediu no dia 08/09 pra que fosse retirada a nova campanha da Regenbogen, outra entidade humanitária, que pretende lançar campanha em 1º de dezembro, por ocasião do Dia Mundial da Luta contra a Aids.

O vídeo mostra um duble de Adolf Hitler, e pode também haver com os ditadores Josef Stalin e Saddam Hussein, fazendo sexo com uma jovem. A campanha diz ser para a prevenção da doença, porem não mostra nenhuma forma de se prevenir, o que ela faz, e bem, é chocar bastante com as cenas e principalmente quando o rosto de Hitler é focado.





O slogan aborda a frase "A AIDS é uma assassina em massa" e por isso os ditadores são utilizados no vídeo. Realmente está mais que claro que o intuito não é mostrar formas de se prevenir contra a doença, e sim causar um super impacto na sociedade, e realmente conseguiu. Milhares de pessoas ficaram revoltadas, dizendo que o conteúdo é ofensivo a todas as vítimas do nacional-socialismo e que faz alusão que os portadores da doença seriam assassinos em massa.

A interpretação realmente é particular, mas dizer que o vídeo é ofensivo as pessoas que tem AIDS, acho que não seria o caso, porque o ponto é mostrar que a AIDS é uma assassina em massa e mata milhões de pessoas todos os anos, porém não acho que necessariamente fosse preciso uma campanha com cenas tão pesadas e sim que existem outros meios de se passar a mensagem, até mesmo chocar, mas sem ser tão explicito.



Hitler, Stalin e Saddam Hussein em campanha contra a aids no Yahoo! Vídeo

Sensibilidade em primeiro lugar.

Provavelmente, umas das áreas mais difíceis de serem atingidas no ser humano, é a sensibilidade. Um texto, um artigo, ou até uma poesia, às vezes não conseguem atingir por si só o nível de compreensão e sensibilidade que pretendiam apenas com palavras.

A hipermídia, como já foi comentada aqui antes, tem o papel de juntar os três principais sentidos. Nela, podemos de uma só vez, agregar imagens, leitura e audição. Na verdade, como muitos pensam, ela não vem como uma substituição de um pelo outro, mas sim como complementação.
Indo por esse caminho, podemos entender porque hoje em dia a publicidade mesmo, está começando a utilizar a hipermídia em suas campanhas. Se o intuído sempre foi atingir a sensibilidade dos consumidores, porque não uma ajudinha a mais? Com a junção desses três elementos, a idéia, que seria passada apenas em um hipertexto, que na maioria das vezes vem junto com uma hiperimagem, tem o poder de atingir mais rapidamente o campo da primeiridade, que é uma das três categorias universais de Pierce, onde, segundo ele, concentra-se a total sensibilidade, o primeiro sinal quando nos deparamos com algo.

O ponto é que realmente estamos arrumando meios para que o leitor/consumidor sinta-se integrado ao que quer que seja produzido, cada vez mais interaja com o material e que a sensibilidade que falta no meio digital, justamente por ser midiático e impessoal, surja e atinja o ponto que pretende atingir.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O anuncio da WWB feito pela DDB Brasil foi considerado desrespeitoso pela opinião pública norte-americana. A peça virou polêmica, porque ela meche com a maior tragédia dos últimos anos nos EUA: O ataque de 11 de setembro. Ela mostra que o tsunami na Ásia matou 100 vezes mais pessoas do que o ataque ao World Trade Center e vários aviões indo em direção a Manhattan rumo à colisão.


A peça foi criada perto de completar oito anos do atentado e foi premiada este ano com Merit no One Club . Ela afirma que “O Tsunami matou 100 vezes mais pessoas do que o 11 de Setembro de 2001. O planeta é extremamente poderoso. Respeite-o. Preserve-o.” A polemica tomou proporções tão grandes agora, que o apresentador Keith Olbermann da MSNBC, no seu programa “Countdown”, colocou a equipe da DDB Brasil na lista das piores pessoas do mundo, e desejou que o CEO da agência “morresse de fome nas ruas”.

Não foi apenas o vídeo que a imprensa condenou, mas também a One Club que premiou a peça. A WWB disse também que nunca aprovou o anuncio e a DDB Brasil declarou que: O anúncio Tsunami para a WWF Brasil foi criado em dezembro de 2008. A agência se desculpa a todos que foram afetados ou ofendidos com o anúncio. Este anúncio nunca deveria ter sido feito e não retrata a filosofia desta agência”. E deu a velha desculpa de que os responsáveis pela criação já não trabalham mais lá.
ANUNCIO:

A onda da hipermídia.

Já foram comentadas uma vez aqui, as novas formas de comunicação que vem surgindo ao longo da atualidade. São milhares de novos meios e modos de comunicar e que nem sempre sabemos que existem ou como funcionam.

A hipermídia vem ganhando cada dia mais um enorme espaço no ambiente digital. Sua base é linguagem híbrida que integra texto, imagem e som. A imagem junto com texto estamos mais que acostumados a ver, seja na mídia impressa, seja na internet etc. O hipertexto é produzido com base nessa linguagem, onde compreende-se como o conteúdo de leitura não-linear e de interatividade, que é uma das características essenciais da hipermídia, com certeza, pois além de nos proporcionar a junção e a oportunidade de ler, ver e escutar, ela nos proporciona ter nossos sentidos aguçados, mexendo mais com o emocional e com a expectativa de estar não só recebendo mensagem, mas podendo modificá-la, participar dela e fazer parte da experiência, o que se adapta perfeitamente aos dias de hoje, por que como já foi dito antes, o consumidor não quer mais ser apenas expectador e sim receptor também.

Um exemplo de hipermídia foi o que fez a marca Ikea, em uma idéia particularmente muito interessante, com o slogan “You need a quiet space”. No site, o vídeo está em câmera lenta, toca uma música leve ao fundo e os preços, que levam direto ao site de compras, aparecem indicando o valor das peças que estão aparecendo. Para mudar de ângulo, você que precisa clicar nas imagens, e pode também mudar de cômodo e história, clicando ao lado da imagem, o que nos mostra perfeitamente a interatividade dentro dessa nova linguagem.



quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Alerta de transito!!

Uma típica campanha de transito que choca com imagens fortes e frases de impactos, foi feita pela Colenso BBDO, no distrito de Papakua, na Nova Zelândia.





O outdoor foi produzido com o intuito de conscientizar a população a dirigir com maior atenção em períodos chuvosos, e por isso a imagem de um garotinho sangra quando o painel entra em contato com a chuva, mostrando o possível resultado se houver imprudência.

A campanha foi altamente chocante, afinal, cenas fortes sempre causam fortes discussões e a frase “Rain changes everything. Please, drive to the conditions”, reforça ainda mais a idéia de prestar maior atenção nas condições quando há chuva. Apoiada, ou não, a campanha ganhou um bronze em Cannes este ano e ainda obteve um grande êxito, pois não foram registradas nenhuma morte em período chuvoso.







E aqui outra campanha de transito com o intuito de choque, porém menor que a anterior, do DETRAN-AM feita pela agência Mene & Money Publicis, onde na primeira imagem contém o texto: “Deixou a mulher, filhos e um capacete que ele nunca usou.” E a de baixo: “Se você tiver muita sorte, vai continuar dirigindo depois de beber.”







Espero que como a campanha da Colenso BBDO, essas dêem mais do que certo também.