quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As novas redes sociais.

Antigamente havia apenas um jeito de se fazer publicidade. Anúncios em televisão, rádio e impressos eram a melhor pedida. O modo de se transmitir as mensagens foi evoluindo de tal forma, que hoje em dia existem milhares de maneiras de se colocar um produto na cabeça do consumidor, e as redes sociais são as mais recentes delas.

A publicidade e o marketing estão cada vez mais tentando se encontrar nesse mundo novo e lutando para conseguir dominar seu espaço nele, o que na verdade não é realmente tão fácil, devido aos vários canais e modos de se transmitir uma mensagem pela internet. Os consumidores são muitos, e de todos os tipos, porém, há o lado de que a mensagem pode ser de certa forma focada muito mais para um publico específico.

Nas mídias de massa, os resultados já são de certa forma previstos e a mensagem é criada para atingir um determinado público de alguma maneira, não podendo ele modificá-la ou interagir com ela. Já nas redes sociais, o relacionamento público- empresas tende cada dia mais a mudar, pois o consumidor que está na internet não quer apenas ouvir e ver a mensagem, ele quer interagir com ela e ser visto. A resposta aos anúncios hoje é quase que imediata, pois o tempo e a informação na internet correm rápido demais. Exemplo disso são os vídeos postados no Youtube pelos próprios consumidores em respostas positivas ou negativas a alguma marca, como esse vídeo da DOVE que teve sua resposta pelo GREENPEACE em poucos dias. Segue abaixo o vídeo original e a reposta:




Claro que esse é um exemplo de resposta negativa a publicidade, porém em alguns casos, até pode ser obtida a publicidade gratuita para as marcas, pois os internautas criam vídeos em alusão ela e às vezes mesmo sem querer acabam promovendo-a.

As agências de publicidade e marketing já tem áreas especializadas apenas para entender a mente do internauta, e ficar ligados nas novidades que podem surgir, e muitas dela já estão atuando nesse novo seguimento de mercado e colocando seus produtos e ideais cada vez mais próximos e ligados com esse novo mundo da tecnologia.

Link de apoio: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090810/not_imp416182,0.php


Polêmica Rio-Itália

No começo desse ano, a grife italiana Relish espalhou em outdoors pelas cidades de Nápoles, Bolonha e Milão, na Itália, imagens de uma campanha produzida aqui no Brasil. As fotos mostram policiais vestidos com uniformes que tem emblemas iguais aos da PM do 22°BPM, no Rio de Janeiro tratando de forma agressiva as modelos que lembram turistas estrangeiras.





Os anúncios causaram polêmica internacional e nacional, e a Riotur enviou um pedido imediato para a embaixada italiana tirar de veiculação os outdoors pela Itália. Acredito que as peças realmente devem ter saído de circulação depois de tamanho reboliço, não sei, porém as imagens ainda ilustram o site da grife: http://www.relish.it/relish/RELISH09SS/index.html

Existem claro os dois lados da história. O Secretário Especial de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello, juntamente com milhares de outros indignados, realmente não gostou nada da ‘brincadeira’ e declarou: “Esse tipo de publicidade desrespeita não só a Polícia Militar como compromete a imagem do Rio e dos cariocas. É lamentável que fatos como esses ocorram em pleno século 21”. Já a socióloga da Fundação Getúlio Vargas, Bianca Freire Medeiros disse: “Não é nem a primeira nem a última campanha publicitária a se valer desses elementos. Somos um paraíso tropical, mas também somos o lugar do risco e da violência. Gostemos ou não, precisamos admitir nosso quinhão de responsabilidade na produção e circulação dessa imagem de um Rio corrupto e violento”.






Quem está certo, não me cabe julgar, porém a marca declarou que não havia necessidade de tanto alarde para as peças: “A mídia vem fazendo muito barulho por nada” e “transformar a campanha em um incidente diplomático entre Brasil e Itália, só pode ser interpretado como um desejo de desviar atenção dos problemas mais graves do país.”

Realmente não podemos negar a má fama que anda rondando nosso país, principalmente a policia do Rio de Janeiro, mas ainda sim a peça foi alvo de grande polêmica e indignação para alguns. No fim, não se sabe se o intuito era causar tamanho espanto e nem se sabe se a Relish vendeu mais nos últimos tempos, o que se sabe é que, como toda publicidade polêmica, ela não será esquecida tão cedo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A filosofia da caixa preta.

No mundo moderno, mais que em qualquer outro momento na historia, vivemos rodeados de tecnologia e informação, que nos bombardeiam o tempo todo no nosso dia-a-dia. Novos meios tecnológicos de comunicação surgem a cada instante, conseguindo nos influenciar sem que sequer percebamos. Vilém Flusser, em seu livro Filosofia Da Caixa Preta, aborda a importância de ‘branquear’ essas máquinas que nos rodeiam. Ele nos fala da vida moderna cheia de tecnologia, que consegue nos persuadir e acaba, com o seu discurso ideológico eficaz, nos fazendo ficar totalmente alienados ao mundo externo, e voltando os olhos diretamente para ele.

Para Flusser, o único modo de se libertar, é saber como os meios tecnológicos funcionam, assim criando uma resistência a eles, pois geralmente sabemos de onde estamos sendo atingidos, mas não como e quanto. Eu explico: Você realmente sabe todos os recursos que há em todos os tipos de meios digitais que você usa sempre? Seu celular, seu computador, o programa na internet ou até mesmo a sua televisão, tem milhares de recursos que você nem sequer sabe que existe! Para ele, nós nos tornamos meros escravos do que estamos utilizando e não temos o mínimo conhecimento para podermos dominar, ao invés de sermos dominados. “Tais respostas, e outras possíveis, são redutíveis a uma: liberdade é jogar contra o aparelho. E isso é possível.” Ou seja, temos que aprender como cada aparelho que utilizamos funciona para, além de sabermos como usar todos os recursos que ele dispõe, deixarmos de ser controlados como meros ‘funcionários’.

Conhecendo, ou não, a idéia do autor, milhares de pessoas já descobriram maneiras de ‘branquear as caixas pretas’ da vida e deixar o sistema apavorado. Exemplos rápidos disso são os casos dos hackers, dos programas de televisão humorísticos que conseguem ‘brincar’ com as outras emissoras e até mesmo mostrar-nos que é possível burlar entradas que achávamos que não eram, as pessoas que tem a capacidade de gerar arte frente a câmeras de segurança, onde realmente não é o intuito... Enfim, penso que se realmente há um jeito de deixar as coisas menos persuasivas a nós, e mais interessantes para o mundo, realmente o jeito é esse, virando o jogo!