quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Os tempos, partilhados, modernos.

O ser humano sempre precisou do outro para se formar, se estabelecer. Essa frase ficou mais bem evidenciada atualmente. Quantas pessoas você conhece que não tenham algum tipo de contato com a internet e todas as maravilhas que ela nos proporciona? Claro, não podemos pensar em 100% delas, mas uma grande parte com toda certeza, tem algum tipo de relação com essa tecnologia.

A grande evolução das mídias foi proporcionando que pessoas, cada vez mais intensamente, mostrassem seus “atributos”, sejam lá quais forem eles, ao mundo. Páginas de relacionamentos, blogs etc. proporcionam um espaço gratuito, para que possamos mostrar e ser mostrados. O que era informação restrita apenas a pessoas que tínhamos grande intimidade, hoje é compartilhada, em nível de escolha de quem está postando, a extensão orbital.

Programas de reality-show abrem espaço também para anônimos nas massas. Qualquer um pode ter seu lugar ao sol e os 15 minutos de fama estão mais que prometidos. Essa necessidade de se mostrar ao outro virou parte das relações hoje em dia, onde o anormal é não ter colocado seu perfil no ar e querer guarda-se é sinônimo, muitas vezes, de caretice.

A publicidade vem adaptando-se com excelência aos novos tempos e essa vontade do público não podia ficar de fora. Prova disso, é que cada dia mais sem o consumidor não seria possível anunciar quase nada, onde ele é peça chave para fazer e distribuir informação, com seus vídeos temáticos, comentários sobre o produto nas mídias sociais e participações assíduas nas ações que são promovidas.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Novo app AMP UP.

Um aplicativo tem causado polêmica e controvérsia entre os americanos. Ele foi criado para promover o energético Amp Up e tem o nome sugestivo de “Amp Up Before You Score”. A causa de tanto falatório sobre o assunto, é que o aplicativo faz referência de como comportar-se com variados tipos de mulheres, trazendo uma lista de 24 delas, e ainda um relacionamento com algumas mídias sociais como Twitter e Facebook, onde você pode exibir a sua lista de “conquistas” para seus amigos na rede.





Bem sabemos que diversos tipos de produtos usam o mesmo método de referências às “ficadas” e o quão machos os homens tem que se mostrar. Acho que se colocado de uma forma não agressiva, talvez alguma brincadeira seja válida, mas as que ofendem, são completamente de mau gosto e vindas de mentes preguiçosas que apelam para clichês.





Como já dito, o aplicativo para iPhone/iPod touch não foi bem aceito e soou um tanto quanto machista, por isso a Pepsi pediu desculpas aos que se sentiram ofendidos porém, disse que não tirará o aplicativo do ar.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

De ser para ser.

Em um mundo onde a relações são comandadas pela comunicação e onde não se pode mais escapar da mesma, a credibilidade da fonte torna-se essencial. Fazer comunicação de mercado ao longo dos anos, sempre foi frio e para uns, bem irritante. Não há ninguém que eu conheça que goste de ter um problema com determinada marca/produto, e quando vai procurar a quem possa salvar, dar uma luz, depara-se sempre com uma interminável espera, seja por e-mail, seja na linha do telefone.

A forma de atingir o consumidor está evoluindo. A internet possibilitou a mudança, da desconfortável maneira antiga de que as empresas utilizavam para conversar com seu público, para uma forma extremamente pessoal. Blog, sites especializados... Eles conseguem vender quase tudo que cai em suas mãos. O espaço para se falar o que pretender para o mundo, e conseqüentemente, vender, ou tentar, o que quiser para ele, hoje está aberto e sem fronteiras, e é o que o Manifesto Cluetrain nos mostra, as novas maneiras de conversação. Suas 95 teses quebram o paradigma antigo de como se fazer mercado, onde o essencial é exatamente falar de pessoas para pessoas e onde, uma das principais causas de se ter caído a maneira de comunicação impessoal antiga, é efetivamente essa. Enfim, como se tratar, conversar com pessoas, sendo uma maquina pré-programada e extremamente não-humana? Não restam duvidas de que a nova forma conversação veio pra ficar, e não menos, para ser mais bem aceita e entendida.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Alerta da New Zealand Breast Cancer Foundation.




Desenvolvida pela Colenso BBDO, a nova campanha da New Zealand Breast Cancer Foundation é extremamente bem bolada. Com o intuito de alertar as mulheres de mais de 40 anos a fazerem a mamografia, pois o câncer quanto antes detectado tem maior chance de cura, a campanha usa o slogan “Quanto mais tempo você esperar, maior será o problema”.





Por isso, foi colocado, na cidade de Auckland, um enorme tumor nas ruas, que empatava a passagem das pessoas, chamando maior atenção e passando muito bem e de forma inusitada a mensagem.





Um anúncio para televisão também foi criado, onde mostra o tumor cada vez maior, tomando a vida das pessoas, sem se quer elas perceberem. É muito interessante também, como o resto da campanha.


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sérias, porém criativas.




Maneiras criativas e não agressivas podem muito bem surtir o efeito desejado na luta da preservação de todo o planeta. A agência britanica Bostock and Pollitt fez uma criação pra WWF, que dessa vez, aprovou a campanha. Não é pra menos, a animação é belíssima e mostra as ações que cada um de nós pode fazer pra ajudar o mundo e que principalmente, quem se preocupa com isso, não está sozinho.








Outra campanha da WWF, criada pela DM9DDB, muito legal e bonita, foi essa, um pouco mais antiga, de cartazes magnéticos onde podiam ser ‘coladas’ moedas de 5, 10, 25 e 50 centavos e 1 real. Conforme as moedas iam sendo colocadas no pôster, iam aparecendo vários animais. Os cartazes foram colocados em shoppings, academias e cinemas e foi uma forma de pedir, mais criativa, aqueles centavinhos de troco. Cada cartaz pôde arrecadar de R$ 270 a R$ 490.










E para complementar meu post sobre a WWF, que eu sempre admirei muito por ter um trabalho extremamente louvável e campanhas criativas sempre com muita beleza, outra campanha, também da DM9DDB, sobre grandes corporações que foram à falência, mas ainda serão lembradas por muito tempo, pois continuaram no meio-ambiente por muitos e muitos anos.

Complementos da transmídia.

Atingir o maior número de pessoas do seu publico alvo, na publicidade, quase sempre é um dos pontos mais importantes. O mesmo objetivo não ocorre quando usamos o termo ‘transmídia’. O objetivo principal desse conceito é atingir da melhor forma possível o desejo dos fãs, e não a maior massa deles, do produto em questão. O termo vem sendo usado quase que com uma diferença sutil com o de ‘comunicação integrada’. Hoje em dia, não basta apenas passarmos, por exemplo, um programa na televisão em seu horário de veiculação e deixar que os telespectadores esperem até o episódio seguinte para ter as novidades que ele tanto esperava. Ser telespectador e fã hoje nos dias de hoje, é não contentar-se com apenas um episódio por semana, parado na frente da televisão. Vendo por essa ótica, a transmídia vem sendo cada vez mais aperfeiçoada. Blogs, twitters, sites especializados, tudo é feito para que os interessados saibam cada vez mais do programa, reportagem, série etc. que ele adora, e ao contrário do que muita gente pensa, um meio não passa por cima do outro, mas sim conversa entre si e claramente, se complementa.





Escolhi esse exemplo de transmídia, para que ficasse mais bem entendida a questão e também por que ele é extremamente atual. A série de televisão recém lançada, com produção da ABC, é inspirada pelo livro de homônimo de Robert J. Sawyer onde toda a raça humana ficou inconsciente durante 2 minutos e 17 segundos em um evento que ficou conhecido como o Grande Blackout e elas desacordadas esse tempo tiveram visões de suas vidas em seis meses no futuro. Sendo essa a trama, no site The Mosaic Collective as pessoas podem contar o que elas enxergaram para montar um mosaico global e além disso o site traz também vídeos complementares ao que foi ou será exibido da série. Outro exemplo de trasmídia da série, é o blog fictício Truth Hack onde o jornalista Oscar Obregon tenta mostrar que é a The Mosaic Collective é na verdade uma jogada política do governo dos Estados Unidos.